Baixos níveis de vitamina D entre adolescentes europeus

A vitamina D é obtida tanto através dos alimentos como da síntese da pele em resposta à exposição à luz UV-B. É essencial para o crescimento saudável das células e ossos durante a infância e a adolescência. A sua falta pode ser um fator de risco para o desenvolvimento da função cognitiva, hiperatividade e deficiência do sistema imunológico.

Os baixos níveis de vitamina D prevalecem entre os adolescentes europeus, de acordo com um recente estudo publicado no British Journal of Nutrition.

Dado o escasso conhecimento perante o estatuto da vitamina D entre os adolescentes, investigadores da HELENA (Healthy Lifestyle in Europe by Nutrition in Adolescence) dedicaram-se a estudar esta temática. Os investigadores mediram a concentração de 25-OH-D (uma pré-hormona produzida no fígado e convertida posteriormente nos rins em vitamina D) em 1006 adolescentes entre os 12 e os 17 anos, recrutados em 10 cidades de 9 países da União Europeia. Sendo a principal forma de circulação da vitamina D no organismo, o 25-OH-D é considerado um indicador fiável dos níveis desta vitamina.
Os resultados do estudo mostram que aproximadamente 80% dos adolescentes tinha um nível sub-ótimo de vitamina D, o que equivale a menos de 75 nmol/l. 15% destes adolescentes tinha níveis de vitamina D suficientemente baixos para serem considerados como severamente deficientes. As raparigas mostraram uma média de vitamina D ligeiramente superior à dos rapazes. Descobriu-se também que a concentração de 25-OH-D aumenta com a idade e diminui com o maior índice de massa corporal, embora esta observação não fosse significante.
Há algumas diferenças consideráveis a nível regional nos níveis de vitamina D. Os níveis mais altos foram encontrados em Roma, Atenas, Viena e Saragoça, enquanto os mais baixos se verificaram nas cidades de Dortmund, Gent e Lille. Note-se que as concentrações médias de 25_OH-D nestas cidades não chegaram a alcançar o limite de 75 mnol/l.
Os autores do estudo admitem que este limiar de 25-OH-D usado para medir a deficiência de vitamina D é baseado em estudos de adultos, e que são necessários mais estudos para adolescentes. No entanto, o resultado sugere que há uma real insuficiência de vitamina D entre adolescentes, que parece ser influenciada por fatores como a idade, sexo, peso corporal e localização geográfica.

Fonte: EUFIC

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.