“Há luz ao fundo do túnel, acontece que o túnel é muito comprido, mas ainda assim estou muito confiante que as economias africanas vão recuperar nos próximos dois anos, sendo certo que o ritmo da recuperação vai depender de África ter um número de vacinas suficiente para a sua população e de haver um perdão de dívida significativo por parte dos credores bilaterais e oficiais”, disse Akinwumi Adesina.
Falando numa sessão organizada pela revista ‘African Leadership’ sobre o Prémio Africano do Ano, Adesina salientou que enquanto houver uma parte do mundo infetada com o novo coronavírus, ninguém estará a salvo e lembrou que “África não tem os biliões de dólares que os países desenvolvidos usaram para estimular a economia”.
Para o banqueiro que lidera a maior instituição financeira multilateral dedicada ao desenvolvimento, “o pagamento das vacinas está a aumentar um já de si elevado peso da dívida”.
África registou nas últimas 24 horas mais 491 mortes por covid-19 para um total de 96.732 óbitos, e 13.425 novos casos de infeção, segundo os mais recentes dados oficiais da pandemia no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de infetados nos 55 Estados-membros da organização é de 3.703.913 e o de recuperados nas últimas 24 horas é de 19.095, para um total de 3.241.258 desde o início da pandemia.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.341.496 mortos no mundo, resultantes de mais de 106,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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