“Cerca de 10% dos utentes já tinham optado por serem referenciados para um hospital diferente para onde anteriormente seriam direcionados”, afirmou o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, durante o no I Fórum dos Hospitais “Os Hospitais – Reforma do Serviço Nacional de Saúde”.

O ministro recordou que o livre acesso se iniciou em maio em algumas unidades dos cuidados de saúde primárias e em junho começou a abranger todas as unidades.

Até aqui, os utentes eram encaminhados diretamente para consulta para o hospital de referência da sua área de residência.

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Com o livre acesso, quem aguarda primeira consulta de especialidade hospitalar pode, em articulação com o médico de família responsável pelo encaminhamento, optar por qualquer uma das unidades hospitalares do SNS onde exista a especialidade em causa.

Um bom indicador, diz Governo

Para o ministro da Saúde, os 10% que exerceram o livre acesso são um “bom indicador para avaliar os resultados da medida”, que o Governo espera que reforce o acesso e contribua para a redução de ineficiências.

“Está a correr muito bem. A experiência generalizou-se a 1 de junho e há regiões do paísonde a opção do doente já ultrapassa os 13%, curiosamente nas regiões onde estimávamos que haveria maior dificuldade de acesso, como Lisboa Vale do Tejo e a seguir o Norte”, afirmou o ministro da Saúde aos jornalistas à margem do Fórum que decorre em Lisboa.

Adalberto Campos Fernandes sublinha que a medida pretende “respeitar o direito que os cidadãos têm de, pagando o sistema de saúde enquanto contribuintes, poderem ter uma palavra na decisão quanto às escolhas que exercem”.

Contudo, o ministro admite que não seria positivo que a percentagem de doentes que opta por outro hospital fosse muito maior: “Um valor à volta de 15% será normal. Estamos a criar condições para que os hospitais sejam todos eles mais atrativos. Não é bom querer mudar de hospital, o que queremos é que fique no seu hospital de residência. Mas não é justo que as pessoas - não tendo opção - sejam obrigadas a ficar acantonadas numa região que não lhes dá resposta sem que lhe seja dada uma alternativa em concreto”.