Segundo Sadja Mané, da OMS em Bissau, além das três médicas portuguesas, fazem parte do grupo um médico de origem guineense, mas a trabalhar em Portugal, e outro do Gana.

O grupo vai integrar a equipa de técnicos do COES (Centro das Operações de Emergência em Saúde), instituição criada pelo Governo guineense para lidar com a pandemia provocada pela covid-19.

“Vão estar em Bissau, mas farão saídas para as regiões do interior sempre que se justifique”, afirmou Sadja Mané, adiantando que o grupo deverá permanecer na Guiné-Bissau “no mínimo, durante dois meses”.

O grupo recrutado pela OMS terá como missão principal formar técnicos guineenses “em diferentes domínios da covid-19″, observou Sadja Mané, sem saber precisar para já o número de quadros locais a serem formados.

Fonte da OMS realçou que o número de técnicos a serem formados dependerá da solicitação das autoridades de Bissau.

Segundo o COES, a Guiné-Bissau já registou desde março, quando foram detetados as primeiras infeções de covid-19 no país, 1.389 casos, entre os quais 12 vítimas mortais e 153 recuperados.

Em África, há 5.678 mortos confirmados e mais de 209 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (1.389 casos e 12 mortos), seguida da Guiné Equatorial (1.306 casos e 12 mortos), Cabo Verde (657 casos e cinco mortes), São Tomé e Príncipe (632 casos e 12 mortos), Moçambique (489 casos e dois mortos) e Angola (113 infetados e quatro mortos).

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados (mais de 802 mil, atrás dos Estados Unidos) e o terceiro de mortos (40.919, depois de Estados Unidos e Reino Unido).

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 418 mil mortos e infetou mais de 7,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.