Os dias maiores e o tempo quente fazem, desta época do ano, uma altura em que as actividades ao ar livre se tornam mais apetecíveis. Para as pessoas que sofrem de Eczema Atópico pode ser, também, um momento marcado pela exacerbação dos sintomas. A melhoria do estado do tempo, favorável à floração de muitas espécies de plantas, faz com que a atmosfera fique carregada de pólen, um factor desencadeante da doença.

“Não há dados concretos, mas calcula-se que o Eczema Atópico afecta cerca de 30% das crianças e 10% dos adultos, que sofrem períodos de intensa inflamação alternados com momentos de remissão. Em Portugal, esta altura está identificada com período de exacerbação por excelência para muitos doentes. Nesta época do ano, a atmosfera está mais saturada de pólenes, fortes agentes alergénicos, conhecidos por afectar os doentes atópicos”, explica o Dr. Luiz Leite, Dermatologista e Director Clínico da Clínica Laser de Belém.

Outros factores podem contribuir para a intensificação dos sintomas: o aumento da temperatura favorece actividades de lazer no exterior e a transpiração pode ser um desencadeante importante, a par da permanência prolongada na água, que ajuda a secar e pele. Entre os sinais de alerta estão comichão, inflamação, pele áspera e seca.

A terapêutica do Eczema Atópico faz-se, normalmente, com recurso a anti-histamínicos e corticosteróides tópicos. Em casos extremos pode-se recorrer à administração de corticosteróides orais. O tratamento com imunomoduladores tópicos, como os inibidores da calcineurina, que suprimem a resposta do organismo aos factores desencadeantes da alergia, reduzindo a inflamação e o prurido, têm vindo a ser adoptados gradualmente como terapêutica tópica de primeira escolha.

2010-07-15

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