Quase três mil comprimidos e outras formas de medicamentos falsificados ou ilegais, na sua maioria anunciados para tratar problemas sexuais, foram apreendidos nas alfândegas portuguesas numa operação internacional que terminou na terça-feira, foi ontem anunciado.
Ao todo, durante a semana em que durou a operação foram apreendidas 54 encomendas, maioritariamente chegadas por via postal, entre as 4.217 que levantarem suspeitas às autoridades, precisa um comunicado divulgado pela Direção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC) e o Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.
Apesar de a maioria dos medicamentos falsificados, quase sempre encomendados através da internet, serem publicitados como tratamento para a disfunção erétil ou impotência sexual, também começa a surgir contrafação de produtos farmacêuticos para doenças do coração ou até mesmo para tratar o cancro, disse à agência Lusa um responsável do Infarmed.
“Os portugueses continuam a correr sérios riscos de saúde devido à compra de medicamentos pela internet em websites não autorizados”, alerta o comunicado.
Na operação internacional, que se estendeu a 81 países, foram apreendidas cerca de dois milhões de comprimidos e outro tipo de medicamentos falsificados ou ilegais. Foram ainda detidas ou colocadas sob investigação 55 pessoas, nenhuma delas em Portugal, ainda segundo a fonte do Infarmed.
As autoridades dos diferentes países suspenderam ou retiraram da internet 13.495 páginas relacionadas com o comércio de medicamentos.
30 de setembro de 2011
Fonte: Lusa
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