O ministro da Saúde assegurou hoje que a atividade dos transplantes em Portugal não será posta em causa independentemente dos cortes de verbas previstos para o setor.
Falando na comissão parlamentar de Saúde, Paulo Macedo começou por recordar que a redução dos incentivos é uma medida que estava proposta pelos serviços há algum tempo e que não tinha ainda sido homologada, por isso “a medida não cai do céu e não é tomada em poucos dias”.
Em agosto, o Governo decidiu cortar para metade os incentivos para a realização de transplantes, com efeitos retroativos desde o início do ano.
“Não há qualquer intenção de diminuir o número de transplantes, é uma área importante em que alcançámos patamares relevantes, mas lembro que a generalidade dos transplantes de 2010 diminuiu relativamente a 2009 e o montante pago teve o valor mais elevado em 2009 e 2007”, afirmou o ministro.
Paulo Macedo explicou que os incentivos eram aplicados de forma distinta: havia incentivos passados aos profissionais que participavam do ato, outros que revertiam a favor do hospital e não eram passados aos profissionais e ainda situações mistas, além de casos em que o valor pago era destinado a outros centros de prestação de cuidados do próprio hospital.
O governante adiantou ainda ter tido a garantia de responsáveis de centros de transplante de que a atividade se manteria mesmo com o corte de verbas.
“Responsáveis de dois dos maiores centros dizem que a atividade vai continuar da mesma maneira independentemente da redução de incentivos. Todos os outros centros de transplantes também dizem que a medida não porá em causa a atividade, ao mesmo tempo que dizem que será drástica e exigente, mas não porá em causa a atividade de transplantes”, afirmou.
07 de setembro de 2011
Fonte: Lusa
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