Chama-se "juego del muelle", também conhecido como roleta sexual.

O jornal El Mundo dá conta de um vídeo com menos de quatro minutos que está a ser partilhado online e que mostra cinco rapazes menores sentados em cadeiras, com as calças ao fundo das pernas, enquanto três raparigas também adolescentes e despidas se sentam em cima dos rapazes, alternando de parceiro a cada 30 segundos, e forçando a penetração sem preservativo. O jogo é ganho pelo último rapaz a ejacular.

No filme, quem grava, escreve o referido jornal, ri-se o tempo inteiro, enquanto que ao mesmo tempo uma das adolescentes cronometra o jogo.

A cena foi filmada num apartamento de Fuenlabrada, nos arredores de Madrid. O jornal escreve que esta não é uma nova moda e que portanto não deve ser encarada como alarme social, ainda que em 2016 pelo menos quatro menores tenham engravidado desta forma na capital de Espanha.

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No entanto, no que toca ao número de novo casos de infeções sexuais não se pode dizer o mesmo. "De dois ou três casos por trimestre, passámos a ter 10. Uma barbaridade", diz a médica Pilar Lafuente, do Hospital de La Paz em Madrid.

A psicóloga e sexóloga Ana Lombardía reconhece um aumento de casos no sociedade espanhola. "Os jovens estão a começar a normalizar este tipo de práticas. Elas sobem para cima deles e vão trocando. Eles controlam a ejaculação e em nenhum momento se pensa em prazer. É apenas algo divertido, um jogo de prática de poder. As raparigas fazem-no apenas para demonstrar que estão mais livres sexualmente. E os rapazes para competir entre eles para ver quem é o mais macho, o que aguenta mais", conclui a especialista.

Como não há prazer, este tipo de penetrações provoca feridas vaginais. "Os rapazes podem vir a desenvolver problemas de ereção e de controlo da ejaculação. Mas a pior parte é para elas. A dor da penetração sem estarem excitadas pode provocar-lhes vaginismo. A vagina está contraída e isso pode gerar-lhes rasgões e feridas", explica ainda Ana Lombardía.