“Não é a rede da cidade que está contaminada, é só a rede daquele estabelecimento. [Estes casos] acontecem sobretudo em situações em que as canalizações da rede são antigas”, afirmou o diretor-geral da Saúde, Francisco George, aos jornalistas à margem da apresentação de um relatório sobre doenças oncológicas.

Doze doentes do hospital da Régua, onde foi detetada a presença de ‘legionella’ na rede de água, vão ser transferidos para outras unidades, embora nenhum tenha contraído a doença dos legionários.

Francisco George acrescentou que a unidade de saúde estará encerrada o tempo que for necessário, até que as próximas análises revelem se os tratamentos à água da rede eficazes.

“As pessoas que lá estavam internadas têm de estar absolutamente tranquilas”, afirmou o diretor-geral, lembrando que ainda não há casos de pessoas com sintomas da doença dos legionários, uma infeção que se contrai pela inalação de partículas de água com a bactéria, como por exemplo no duche.

Para a Direção-geral da Saúde (DGS) o caso do hospital da Régua é “um exemplo de boas práticas”, uma vez que foi identificada a contaminação das águas pelo sistema de vigilância antes de haver casos da doença.

“O que há a fazer é impedir que os doentes e o pessoal que aí trabalha estejam expostos a esse risco. Foi identificado um risco e vai ser eliminado o risco sem ter provocado a doença”, acrescentou George aos jornalistas.