O documento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico mostra que quase dois terços da população com mais 16 anos considerava em 2016 que a sua saúde estava “bem ou muito bem”.

Em Portugal, não chegava a metade a população que tinha uma boa perceção do seu estado de saúde, ficando-se nos 48%, 20 pontos percentuais abaixo da média dos 28 países da União Europeia (UE).

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Só na Lituânia e na Letónia há menor proporção da população a considerar "bom ou muito bom" o seu estado de saúde. Irlanda, Chipre, Holanda e Suécia surgem como os países com níveis mais elevados de cidadãos com boa perceção da sua saúde, rondando os 80%.

Portugal figura ainda como um dos quatro países em que maior percentagem de população reporta uma doença crónica, com mais de 40%, acima dos 33% de média da UE.

O relatório anual da OCDE sobre saúde, “Health at a Glance”, analisa ainda a evolução da despesa em saúde “per capita” e por relação com a riqueza produzida (PIB) em cada país.

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Enquanto na maioria dos países da União Europeia, houve um crescimento da despesa em saúde “per capita” entre 2013 e 2017, Portugal continuava em 2017 a registar valores inferiores aos registados em 2009, apesar de algum crescimento da despesa a partir de 2013.

O relatório traça ainda uma estimativa do crescimento dos gastos públicos em saúde por percentagem do PIB nos vários países.

Para Portugal, estima-se que até 2070 os gastos públicos com saúde aumentem dois pontos percentuais, passando de menos de 6% em 2016 para mais de 8%.

O documento mostra ainda o crescimento dos seguros de saúde em Portugal. Em 2016, mais de um quarto (26%) da população tinha um seguro de saúde privado, quando em 2005 esse valor não chegava aos 20% da população.