O relatório foi elaborado por um Grupo de Trabalho constituído pelos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da cidade do Porto, pelos Centros de Respostas Integradas (CRI) e pelo Departamento de Saúde Pública (PRVIH/Sida) da ARS Norte, tendo-se centrado na elaboração de um diagnóstico da situação atual.
Segundo a ARS Norte, o estudo pretendeu atualizar a caracterização do fenómeno das dependências e identificar as respostas necessárias, "de forma a sustentar a necessidade de uma nova estratégia para a cidade do Porto, na área da redução de riscos e da minimização de danos".
Ainda de acordo com aquela entidade, o Relatório Técnico "Proposta de Intervenção no Âmbito da Redução de Riscos e Minimização de Danos para a Cidade do Porto", aponta para a existência de cerca de 600 consumidores a céu aberto na cidade, registando-se uma grande incidência de infeção por VIH/Sida.
"O concelho do Porto é o concelho da região Norte com maior incidência da infeção VIH (cerca de 25 novos casos por cada 100.000 habitantes, por ser a malha mais urbana com uma tendencial maior prevalência deste fenómeno", aponta a ARS Norte, em resposta à Lusa.
Com base neste estudo foi elaborada uma proposta de intervenção que inclui "a implementação faseada de um programa de Consumo Vigiado".
Esta proposta, que está a ser "negociada" com os parceiros da ARS Norte nesta matéria, tem como objetivo reduzir o número de consumos na via pública, bem como a reversão de overdoses e o acesso a cuidados de saúde para os utilizadores.
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