Segundo Carla Freitas, diretora da urgência, o recorde de atendimentos, no conjunto das duas urgências (Penafiel e Amarante) foi cerca de 780, nos dias 28 e 29 de dezembro, 130 dos quais eram doentes muito graves. Em períodos "normais", a urgência do Tâmega e Sousa tende cerca de 450 doentes por dia.

Apesar desses números, os serviços "corresponderam positivamente", comentou, a propósito o presidente da ARS-N, Pimenta Marinho, que hoje visitou a urgência do Hospital Padre Américo, em Penafiel, a segunda maior do norte do país em número de atendimentos.

Em declarações aos jornalistas que acompanharam a visita, Pimenta Marinho destacou o "esforço dos profissionais do centro hospitalar" para corresponderem a um número tão elevado de doentes, "num hospital com uma área de referência enorme".

Não houve doentes acumulados, nem camas nos corredores

Assinalou depois que na visita que efetuou, acompanhado pela direção do hospital, não encontrou "doentes acumulados, nem camas nos corredores", num momento em que se encontravam na urgência pouco mais de 90 utentes, um número inferior ao observado no pico da síndrome gripal, entretanto já numa fase de desaceleração, segundo foi hoje referido.

Apesar disso, Pimenta Marinho admitiu haver ainda algumas insuficiências de recursos humanos e de equipamentos na urgência que foram reportados pelos profissionais com quem hoje contactou, assinalando que está a ser trabalho "um reforço".

O presidente da ARS-N frisou que a urgência do Tâmega a Sousa dispõe de melhores instalações e meios do que outras do norte que se deparam com maiores dificuldades.

Sinalizou, por outro lado, a melhor articulação que se verifica este ano com os cuidados de saúde primários no conjunto da região norte, o que permitiu atender mais cerca de 20% doentes nos centros de saúde, que assim deixaram de necessitar de acorrer às urgências hospitalares. Esse resultado, acrescentou, também se deveu ao facto de, nos últimos anos, ter sido colocar dezenas de novos clínicos nos centros de saúde, fazendo com que, atualmente, frisou, quase não haja doentes sem médicos de família.

Pimental Marinho manifestou "confiança" no trabalho que está a ser realizado nos hospitais de Penafiel e Amarante, que compõem o CHTS, insistindo no elogio aos seus profissionais.

Aos jornalistas foi hoje comunicado que no âmbito do plano de contingência do CHTS acionado devido à síndrome gripal, 53 "doentes estabilizados" foram transferidos para os cuidados continuados integrados de hospitais da rede social ou privados da região, com os quais foram celebrados protocolos.

Esse plano, destacou Carlos Alberto, o presidente do centro hospitalar, permitiu libertar camas para doentes que deram entrada na urgência e que aguardavam internamento.