O medicamento, que tem o nome Paxlovid, conseguiu reduzir em 89% o risco de hospitalização ou morte entre os pacientes adultos com COVID-19 com elevado risco de desenvolver formas graves da doença, segundo a Pfizer.

Os resultados do teste clínico intermediário são considerados tão bons que o laboratório americano informou que vai interromper o recrutamento de novas pessoas.

Também afirmou que enviará os dados para a Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos o mais rápido possível, como parte da "apresentação contínua" para obter a autorização de uso de emergência.

"A notícia de hoje é uma mudança autêntica nos esforços globais para deter a devastação desta pandemia", afirmou o CEO da Pfizer, Albert Bourla.

"Estes dados sugerem que nosso candidato a antiviral oral, se aprovado ou autorizado pelas agências reguladoras, tem o potencial de salvar a vida dos pacientes, reduzir a gravidade das infeções por covid-19 e eliminar até nove em cada 10 hospitalizações", acrescentou.

A principal análise do teste avaliou os dados de 1.219 adultos na América do Norte, América do Sul, Europa, África e Ásia.

Vários laboratórios trabalham em antivirais orais que tentam imitar o que o medicamento Tamiflu faz na ação contra a gripe e que evitariam a evolução da doença para etapas de gravidade.

A Pfizer começou a desenvolver o medicamento anticovid em março de 2020, o primeiro pensado especificamente contra o coronavírus.

A COVID-19 provocou pelo menos 5.020.845 mortes em todo o mundo, entre mais de 248,03 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.184 pessoas e foram contabilizados 1.094.048 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.