Em conferência de imprensa, Paulo Campos, disse ter provas suficientes para vencer o processo.

Paulo Campos,  foi afastado do cargo de presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) na segunda-feira, após recomendação da Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS).

Paulo Campos assegurou que, pelos factos provados, se verifica que atuou bem e diz não ter dúvidas de que foi vítima de um processo conduzido politicamente e que este é um “saneamento político”.

Entre os vários agentes que Paulo Campos tenciona processar, encontra-se a anterior equipa do Ministério da Saúde, dirigida por Paulo Macedo.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) investigou a atuação de Paulo Campos na alegada interferência que este terá tido no transporte de uma doente, em helicóptero do INEM, do Hospital de Cascais para o de Abrantes.

Paulo Campos foi acusado de ter utilizado meios do INEM para favorecer uma conhecida.

Uma acusação refutada por Paulo Campos que, numa entrevista à TVI, exigia um pedido de desculpas de Paulo Macedo e Leal da Costa: "Não conheço a família, não sou amigo da família, nunca me apresentei como amigo da família. Portanto, aguardo até final do processo disciplinar um pedido de desculpas do ex-ministro Paulo Macedo e do ex-secretário de Estado Leal da Costa. Isto está irrefutavelmente provado no processo. Porque é que o processo existe? É uma pergunta que temos, de facto, de fazer", defendeu.

De acordo com o atual titular da pasta da Saúde, o Ministério da Saúde acompanhou aquilo que foram "as recomendações da Inspeção Geral das Atividades em Saúde", sendo que a demissão decorre "dentro daquilo que é a normalidade jurídica e a normalidade do funcionamento do Estado”, comentou esta terça-feira à margem da cerimónia de apresentação do novo Conselho de Administração do Centro Hospitalar de São João, no Porto.