Organização Mundial de Saúde (OMS) divulga hoje o relatório sobre a saúde no mundo 2010, tendo como tema de fundo o “financiamento dos sistemas de saúde, o caminho para uma cobertura universal".
Segundo este relatório, o dinheiro investido em Saúde é desperdiçado entre 20 a 40 por cento, aconselhando os países a melhorarem a eficiência em vez de cortar nos gastos.
«Num momento em que o dinheiro escasseia, o conselho para os países é o seguinte: antes de procurarem onde cortar os gastos com assistência médica, há que procurar opções que melhorem a sua eficiência», refere a directora-geral da OMS, Margaret Chan, numa mensagem introdutória do relatório.
Segundo o documento, sobre o financiamento dos sistemas de saúde, as estimativas globais apontam que entre 20 a 40 por cento das despesas de saúde são desperdiçadas, «privando muitas pessoas de cuidados extremamente necessários».
Os gastos com medicamentos representam mais de 20 por cento da despesa total de Saúde a nível mundial, com a OMS a aconselhar uma melhor utilização de fármacos.
Como exemplo de ineficiência, o documento dá conta que «mais de metade da totalidade dos remédios é prescrita, dispensada ou vendida inadequadamente e metade dos doentes não toma os fármacos que são prescritos ou dispensados».
A OMS recomenda também uma melhor gestão hospitalar e frisa que, segundo estudos recentes, as unidades hospitalares poderiam ganhar mais 15 por cento do que ganham actualmente sem terem que, por isso, gastar mais.
Numa análise à universalidade da cobertura dos serviços de saúde, o relatório refere que os países se confrontam com algumas barreiras: disponibilidade de recursos, uso ineficiente de verbas e dependência excessiva do pagamento directo pelos serviços.
«A obrigação de pagar directamente por serviços no momento em que deles precisam, seja de modo formal ou clandestino, impede que milhões de pessoas recebam assistência médica quando precisam», frisa o relatório.
22 de Novembro de 2010
Fonte: LUSA/TSF
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