O saldo do Serviço Nacional de Saúde registou um resultado negativo de quase 200 milhões de euros, melhorando de -296,7 milhões até agosto de 2010 para -198,1 milhões nos primeiros oito meses deste ano.
De acordo com a síntese da execução orçamental, divulgada pela Direção Geral do Orçamento ao princípio da noite, o SNS registou, de janeiro a agosto, um decréscimo de 6,3 por cento nas receitas (menos 375,2 milhões de euros), mas esta quebra foi compensada por uma redução mais acentuada das despesas, que baixaram 7,6 por cento, o que representa um abrandamento de 473,8 milhões de euros.
Da análise do relatório, constata-se que as reduções na despesa da Saúde foram obtidas essencialmente à custa da redução de quase 20 por cento nos gastos com medicamentos e na redução em mais de 10 por cento nos gastos nos meios complementares de diagnóstico. O abrandamento da despesa foi também ajudado pela parcela correspondente aos hospitais com gestão empresarial, que viram os gastos descer 4,7 por cento face ao ano anterior, e pelas despesas com pessoal, que baixaram quase 6 por cento.
A receita, por seu lado, foi influenciada essencialmente pela redução das transferências do Orçamento do Estado, que baixaram mais de 400 milhões de euros, mas também tiveram impacto o aumento de quase 10 milhões de euros provenientes "da prestação de serviços, designadamente das taxas moderadoras dos serviços de saúde".
21 de setembro de 2011
Fonte: Lusa
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