"Reconhecemos que é necessário melhorar as condições de operação do atual hospital de Aveiro. Isso exige uma obra de ampliação que tem, finalmente, assegurado uma fonte de financiamento, que são os fundos do novo programa de apoio, o Portugal 2030", afirmou Manuel Pizarro, em Aveiro, em declarações aos jornalistas.
O ministro, que inaugurou esta tarde a Unidade de Saúde de Eixo, adiantou que o concurso para o projeto de ampliação "está mesmo a finalizar", esperando que no próximo ano seja possível lançar o concurso da empreitada.
A obra de ampliação do hospital de Aveiro "é muito importante", referiu Pizarro, que lembrou que a empreitada é também "há muitos anos reclamada" pelos profissionais de saúde e pela região.
Questionado se os 30 milhões de euros de financiamento não eram insuficientes face ao valor total estimado do projeto de ampliação do hospital de Aveiro, de cerca de 130 milhões de euros, Pizarro destacou que este é "um belo começo".
"Hoje, o que sabemos é que temos financiamento para arrancar e esse é o primeiro momento. As coisas não se fazem de um dia para o outro e o conjunto de investimentos [a realizar no hospital] tem também uma ambição que pode ser faseada. Aliás, faz parte do engenho deste projeto, ele permitir o faseamento da obra conforme forem reunidas as condições de financiamento adequadas", observou.
Também em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Ribau Esteves, destacou que esta é uma "boa notícia", uma vez que já há o compromisso de os fundos comunitários financiarem a ampliação do hospital.
"Finalmente, andamos nisto há muitos anos", salientou, lembrando a separação que existiu entre a componente hospitalar da ampliação da unidade de ambulatório e o processo do Centro Académico Clínico.
"No que respeita à componente hospitalar, estes 30 milhões são fundamentais para que, terminado o projeto, se possa lançar a primeira fase da obra", referiu.
Ribau Esteves lembrou também os terrenos do antigo Estádio Mário Duarte, entretanto demolido e avaliado em 15 milhões de euros, que irão ser cedidos ao Ministério da Saúde para a componente hospitalar e à Universidade de Aveiro para o Centro Académico Clínico.
Quanto à possibilidade de a Universidade de Aveiro poder lecionar o curso de Medicina, Pizarro assegurou que o Ministério da Saúde tudo fará para que tal seja possível, face também à falta de médicos no país.
“Não há dúvida nenhuma de que Portugal necessita de mais médicos. É uma evidência que todos sentem e, se podem ser formados com proximidade e aqui em Aveiro, acho que seria uma boa notícia para a região”, observou.
Já o presidente da Câmara de Aveiro destacou que tal “tem de acontecer o mais rapidamente possível”.
“Tomada a decisão política do Governo de ter curso de Medicina isto tem de acontecer o mais rapidamente possível”, acrescentou.
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