Os dados da OMS reportados a 05 de novembro indicam a existência de 305 pessoas sinalizadas nas províncias de Norte Kivu e Ituri desde 01 de agosto último, embora 35 casos ainda não estejam ainda confirmados que o motivo de doença é a contaminação com o vírus ébola.

O registo da passada segunda-feira é superior em 41,6% ao número de casos em 15 de outubro - 216.

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Em 28 desse mesmo mês, 13 dias depois, os casos de contaminação de ébola detetados subiram para 274.

Com uma tendência de crescimento menos acentuada está o número de mortos provocados pelo ébola, atualizado para 189 na segunda-feira passada.

Em 28 de novembro, registavam-se 174 mortos desde que foi declarada a epidemia, em 01 de agosto passado, e que atinge principalmente as províncias de Norte Kivu e Ituri, as mais populosas na RDCongo.

As mortes registadas por contágio do vírus ébola são mais expressivas nas faixas etárias dos 25 aos 44 anos nos homens e dos 15 aos 24 nas mulheres.

Esta epidemia de ébola foi constatada em Mangina, nas províncias de Norte-Kivu e Ituri, alastrando até perto da fronteira com o Uganda, em Beni, região do grupo armado ADF, que multiplicou os ataques contra civis, o que complicou a resposta sanitária.

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O Uganda iniciou já a vacinação dos funcionários na fronteira com RDCongo, onde se regista um trânsito contínuo entre os dois países.

Nos últimos meses, a ONU inquietou-se com o risco de propagação da epidemia ao Burundi, Uganda, Ruanda e Sudão do Sul e, na semana passada, uma resolução do Conselho de Segurança instou estes países africanos a reforçarem as capacidades operacionais para lutar contra a doença, em total cooperação com a OMS.

A RDCongo foi atingida nove vezes pela ébola, depois da primeira aparição em 1976 do vírus, que se transmite por contacto físico através de fluidos corporais infetados e que provoca febre hemorrágica.