Segundo o estudo, divulgado pela revista médica científica The Lancet, os países com mais altos níveis de acesso à saúde e qualidade dos serviços são a Islândia, a Noruega e a Holanda, enquanto os países com pior pontuação são a Somália, a Guiné-Bissau e a República Centro-Africana.

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Os autores do trabalho salientam que as melhorias registadas nos últimos 16 anos se devem em parte à evolução em muitos países de baixo e médio rendimento da África subsaariana e do sudeste asiático.

Segundo o documento os países que mais melhoraram no período em análise foram a Etiópia, o Ruanda, a Guiné Equatorial, Birmânia e Camboja. No entanto nos Estados Unidos e em países da América Latina como Porto Rico, Panamá e México o progresso diminuiu ou estagnou.

Essa estagnação ou retrocesso, segundo os autores do estudo (“Global Burden of Disease”), pode ser um aviso para esses sistemas de saúde, que não estão a evoluir na mesma proporção das necessidades da população, especialmente porque as doenças não contagiosas e os cancros se tornaram mais comuns.

“Estes resultados enfatizam a necessidade urgente de melhorar quer o acesso quer a qualidades dos cuidados de saúde, caso contrário os sistemas de saúde podem criar um grande fosso entre os serviços de saúde e as necessidades da população”, disse um dos autores do estudo, Rafael Lozano, da Universidade de Washington.

“Agora é o momento de investir para ajudar a levar os sistemas de saúde à próxima geração, e acelerar o progresso na era dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, acrescentou.

O estudo utilizou um índice para medir a qualidade da prestação de cuidados de saúde e a acessibilidade aos mesmos, baseado em 32 causas de morte evitáveis com uma assistência médica eficaz. Foram analisados 195 países e a média global foi de 54,4 pontos, mais do que os 42,4 pontos em 2000. As disparidades entre países mantiveram-se semelhantes, com uma diferença de 78,5 pontos entre os melhores e os piores: 18,6 pontos na República Centro-Africana e 97,1na Islândia.