20 de fevereiro de 2014 - 15h11
A empresa japonesa Tokyo Electric Power (Tepco), que opera a central de Fukushima, detetou uma nova fuga de 100 toneladas de água radioativa num tanque que armazena líquido contaminado, ainda que, aparentemente, a fuga não tenha chegado ao mar.
A radiação detetada na água é muito alta, já que segundo dados da Tepco foram registados 230 milhões de becquerels por litro de substâncias emissoras de raios beta. Esta unidade serve para medir o nível de radioatividade e a Organização Mundial de Saúde já alertou que não se deve beber ou ter contacto com água com mais de dez becquerels por litro.
O problema, detetado na quarta-feira, aparentemente ocorreu na montagem da tampa superior do tanque, mas segundo disse à BBC um dos porta-vozes da empresa, Masayuki Ono, a fuga não parece ter afetado o mar. 

Vários incidentes desde Tsunami de 2011
O incidente revela, mais uma vez, a dificuldade que a Tepco está a encontrar para controlar o problema da contaminação da água – um dos efeitos do desastre nuclear em Fukushima provocado pelo sismo e pelo tsunami de 2011 no Japão. Na altura, a central de Fukushima ficou sem os seus sistemas de arrefecimento e foi palco de uma série de explosões e de libertação de material radioativo. 
Foi o segundo maior desastre nuclear, superado apenas por Tchernobil.
A água que drena das montanhas junto à central mistura-se com a que está nos pisos inferiores da central e que está contaminada, desaguando no mar, todos os dias, 300 toneladas de água infetada.
SAPO Saúde com agências