A tecnologia potencialmente revolucionária funciona para todos os tipos de cancro, garantem os investigadores à agência de notícias France Presse.
De acordo com os cientistas, a inovação será programada para ser testada em humanos em 2017. Os resultados foram publicados na revista científica Nature Biomedical Engineering.
Nas experiências, sondas microscópicas foram injetadas em ratos, com o objetivo de se iluminarem quando entrassem em contacto com a acidez das células cancerosas. "Os cancros humanos são um pouco mais ácidos do que o tecido normal e estamos a aproveitar essa potencialidade", explica o coautor do estudo Baran Sumer, cirurgião do Southwestern Medical Center da Universidade do Texas.
Em vários tipos de cancro, a cirurgia é a principal opção de tratamento. Garantir que todas as células cancerosas sejam retiradas durante a operação e evitar a remoção de tecido saudável continuam a ser os grandes desafios.
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As técnicas atuais de imagem não são sensíveis o suficiente para distinguir células cancerosas de não cancerosas.
A nova técnica usa um corante fluorescente clinicamente aprovado que é compatível com câmaras padronizadas usadas em centros cirúrgicos de todo o mundo.
Como um transistor, que liga quando a voltagem sobe acima de um determinado limiar, as nanossondas acendem na presença de pH ácido.
Quando as nanossondas foram usadas para remover tumores de cabeça e pescoço de ratos, os cirurgiões descobriram que os dispositivos lhes deram uma "especificidade e sensibilidade sem precedentes". As sondas sintéticas iluminaram nódulos tumorais com menos de um milímetro de diâmetro.
"Isso fornece aos cirurgiões uma imagem clara dos limites do tumor durante a cirurgia", concluiu Sumer.
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