“O número de internamentos por covid-19 e a mortalidade específica apresentam uma estabilização” a nível nacional, refere o documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Ricardo Jorge (INSA).
De acordo com os dados dessas entidades, o número de novas infeções por SARS-CoV-2 por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos sete dias, foi de 191 casos e com tendência crescente, e o índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus está com um valor superior a 1 em todas as regiões do país.
Quanto à ocupação hospitalar por covid-19, o relatório indica que se registou um decréscimo de 4% do número de internados, em relação à semana anterior, com um total de 404 pessoas hospitalizadas na última segunda-feira.
Com tendência estável está ainda o número doentes em cuidados intensivos, com as 26 pessoas internadas nessas unidades a representarem 10,2% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas devido à covid-19.
A DGS e o INSA avançam ainda que, na segunda-feira, a mortalidade específica por covid-19 estava nos 7,6 óbitos a 14 dias por um milhão de habitantes, indicando uma estabilização, valor que é bastante inferior ao limiar de 20,0 óbitos mortes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) para este indicador.
A mortalidade por todas as causas na última semana encontra-se dentro dos valores esperados para esta época do ano, adiantou ainda a autoridade de saúde.
Perante estes indicadores, a DGS e o INSA concluem que a covid-19 manteve uma “incidência elevada, com tendência crescente” em Portugal, recomendando que seja mantida a vigilância da situação epidemiológica, a manutenção das medidas de proteção individual, a vacinação de reforço e a comunicação frequente destas medidas à população.
Na quinta-feira, o Governo anunciou que tinha decidido não renovar a situação de alerta em Portugal continental devido à pandemia de covid-19.
“A situação de pandemia permite-nos tomar com toda a segurança a decisão de não renovar a situação de alerta no território continental”, disse o ministro da Saúde, na conferência de imprensa após o conselho de ministros.
Manuel Pizarro justificou a decisão com “o elevado nível de vacinação da população portuguesa, da proteção conferida pela vacina, da menor agressividade das estirpes do (coronavírus) SARS-CoV-2 que estão neste momento em circulação, incidência da doença e sobretudo o impacto na saúde das pessoas e no funcionamento do sistema de saúde”, que se tem “mantido estável e controlado”.
O ministro sublinhou que “a reversão da situação de alerta não significa, porém, que a pandemia de covid-19 está ultrapassada” no país.
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