O Instituto de Saúde Ricardo Jorge confirmou ontem, através de comunicado, o aumento da mortalidade em Portugal “por todas as causas”, entre os dias 13 e 19 de fevereiro.
No texto, a instituição adiantou que “os períodos de frio extremo, assim como as epidemias de gripe, estão associadas a excessos de mortalidade”, acrescentando que, “em Portugal, a média ao longo de várias épocas foi de cerca de 2.400 óbitos, variando entre a ausência de excesso e um acréscimo de 8.500 (1998-1999)”.
Sobre o aumento da mortalidade verificado nas últimas semanas em Portugal, o Instituto Ricardo Jorge admitiu que “está muito possivelmente associado ao período de frio e à circulação de agentes infeciosos respiratórios que ocorreu em simultâneo”.
Mais adiantou que “as análises preliminares dos dados efetuadas, apenas com números absolutos e não com taxas, mostram que o excesso de mortalidade se concentra no grupo etário dos 75 e mais anos”, bem como nas regiões Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo.
O apuramento efetivo do impacto da infeção por gripe e o período de frio extremo na mortalidade só será possível, esclareceu, “com a análise da mortalidade desagregada por causas de morte, por região e por grupos etários”, mas desde já assegurou que “não se identificaram outros fatores que melhor possam explicar o excesso de mortalidade observado”.
O período para este “apuramento epidemiológico e estatístico mais exaustivo” é estimado pelo Instituto em pelo menos seis meses, por estar “condicionado à disponibilidade da mortalidade por causa específica”.
Em todo o caso, assegurou que vai investigar “em profundidade” os motivos associados a este excesso de mortalidade, em articulação com a Direção-Geral da Saúde.
O Instituto Ricardo Jorge disponibiliza todas as quintas-feiras, na sua página na internet (www.insa.pt), o Boletim da Gripe.
28 de fevereiro de 2012
@Lusa
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