Manuel Pizarro, disse, à margem de uma iniciativa em Faro, não ter ainda informação sobre o pedido de demissão, mas afirmou que está a “acompanhar com muita atenção o que se está a passar no conjunto dos hospitais da Grande Lisboa”.
“Isso obrigará a um diálogo com esses profissionais para perceber as motivações que estão por trás disso e para perceber como é que podemos ajudar a superar as dificuldades que estão a ser vividas também nesse hospital”, disse o ministro.
Afirmando que o governo vai “reagir com tranquilidade” à situação, Manuel Pizarro frisou não ter “nenhuma dúvida de que a direção executiva do SNS já está a acompanhar a situação”.
O ministro falava em Faro, durante numa visita às instalações locais do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), no âmbito da ação “Governo Mais Próximo”, que decorre hoje e quinta-feira no distrito de Faro, com cerca de 60 iniciativas e a presença de vários membros do executivo.
Os chefes de equipa do Serviço de Urgência Geral do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, apresentaram a sua demissão devido à falta de condições, que dizem pôr em causa a segurança dos doentes e dos profissionais.
Segundo a carta de demissão assinada por 11 chefes de equipa, a que a Lusa teve acesso, os profissionais alertam para a degradação do serviço, lembrando que têm sido lançados vários avisos sobre a situação que se vive nos últimos tempos.
Na carta, os profissionais sublinham “a escassez de recursos humanos” que leva a que o hospital viva “os piores momentos da sua história”, não conseguindo garantir “a prestação de cuidados de excelência ao doente”.
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