Adalberto Campos Fernandes falava aos jornalistas no final da sessão de abertura das XXI Jornadas de Infecciologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), que decorrem em Lisboa.

Confrontado com as críticas que Ana Rita Cavaco proferiu, durante uma entrevista à agência Lusa, o ministro limitou-se a dizer que não comenta as afirmações da bastonária.

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Contudo, reafirmou, “em nome do Governo”, que os utentes têm razões para confiar na segurança do Serviço Nacional de Saúde, na competência dos seus profissionais, na qualidade dos enfermeiros – uma grande profissão – na qualidade dos médicos.

“O sistema está a funcionar, melhor do que estava há um ano, dois anos”, disse, prometendo que, até ao final da legislatura, continuará a trabalhar.

Mal pagos e não são suficientes

Os enfermeiros “estão mal pagos, não são suficientes para garantir a segurança e a qualidade dos cuidados e estão extremamente zangados com os sucessivos governos que os elegem como pilar do sistema de saúde, mas que os maltratam em tudo”, disse a bastonária.

Para Ana Rita Cavaco, os casos mais gritantes atingem todas as áreas: “Hospitais, centros de saúde, lares, cuidados continuados”.

“É o cúmulo da hipocrisia ter um enfermeiro num turno para quarenta e, às vezes, sessenta pessoas. Dizer ao país que estamos a abrir unidades de cuidados continuados e paliativos onde existe um enfermeiro para dois pisos, cada um com trinta ou quarenta camas, não é só enganar as pessoas, é criminoso”, observou.