A informação foi avançada, em nota de imprensa, pela Embaixada de Angola em Portugal, na sequência de uma audiência de Filomeno Fortes com o embaixador Carlos Alberto Fonseca.
A missão diplomática destaca, na nota, a eleição "por unanimidade" do médico especialista em doenças tropicais para dirigir o IHMT, bem como o facto de se tratar do primeiro estrangeiro a assumir o cargo.
Professor da Universidade Agostinho Neto, em Angola, Filomeno Fortes é mestre em Saúde Pública, doutorado em Ciências Biomédicas e especialista em malária.
Ao longo da sua carreira exerceu em Angola, entre outros cargos, o de diretor de Saúde de Luanda, Diretor Nacional de Controlo de Epidemias, chefe de Departamento de Controlo de Doenças e diretor do Programa de Controlo da Malária.
Atualmente, coordena o doutoramento em Ciências Biomédicas da Universidade Agostinho Neto, em Luanda. Faz também parte do Conselho da Federação Internacional de Doenças Tropicais.
A eleição decorreu na quarta-feira, em Lisboa, e foi precedida de um concurso internacional, apresentação pública da proposta de programa para os próximos quatro anos e defesa perante os membros do Conselho do IHMT.
Fundado em 1902, o Instituto de Higiene e Medicina Tropical dedica-se ao ensino e à investigação da saúde pública, medicina tropical, ciências biomédicas e epidemiologia, com especial incidência na ligação com os países de língua oficial portuguesa.
O instituto tem também um programa de mestrados, doutoramentos e pós-graduações com cerca de 500 alunos, mais de metade dos quais frequentam as aulas à distância e com recurso às tecnologias de informação e comunicação.
A maior parte dos alunos são brasileiros, moçambicanos e angolanos, mas o IHMT tem atualmente estudantes de mais de 20 nacionalidades.
O organismo fornece ainda consultas de medicina tropical e das viagens, tendo, em 2017, feito 11.262 consultas do viajante, 369 consultas de medicina tropical e administrado 21.658 vacinas.
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