A Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra (UPPC) lança hoje a campanha “Supera a Fobia Social”, uma iniciativa que pretende sensibilizar os estudantes do ensino secundário e superior para esta condição mental que afeta cerca de 7,1% da população mundial. Esta iniciativa decorre durante o mês de junho nas redes sociais.

“Mais do que consciencializar, esta campanha tem como objetivo diminuir o insucesso escolar que pode eventualmente ser causado por esta doença, a qual se carateriza pela manifestação de episódios de ansiedade recorrentes em contextos como apresentações e exames orais, ou na realização de trabalhos de grupo”, explica o médico Joaquim Cerejeira, psiquiatra e diretor clínico da UPPC.

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É por isso importante, acrescenta o especialista, “que haja um diagnóstico atempado, de forma a evitar que esta doença condicione a autonomia e qualidade de vida do estudante, ao afetar a sua capacidade agir, de falar, ou de pensar”.

A fobia social consiste no medo intenso da interação social, que se traduz em elevados níveis de ansiedade sempre que o indivíduo se encontra num ambiente em que tem de se relacionar com outrem, seja individualmente ou em grupo.

Os sintomas mais frequentes

Entre os sintomas mais frequentes estão o medo persistente (de ser julgado/a, das atenções, etc.), a necessidade irracional de fuga, o isolamento, a baixa-autoestima, e a preocupação constante.

Para além destes, "alguns sintomas físicos também podem surgir, tais como o rosto corado, tremores nas mãos, transpiração, tensão muscular, falta de ar, urgência urinária ou úlcera nervosa", indica Joaquim Cerejeira.

Após o diagnóstico, o indivíduo é submetido a um tratamento que envolve uma abordagem cognitivo-comportamental, que cruza um trabalho de psicólogos e psiquiatras. Em casos menos graves, o acompanhamento psicológico pode ser suficiente para ajudar a lidar com o problema e a gerir a ansiedade. Já nos restantes casos, a farmacologia torna-se uma opção a considerar.