As placas de amianto já foram substituídas em pelo menos 300 escolas de todo o país, mas o material de isolamento que está a ser utilizado é o poliuretano que "não só é altamente inflamável, como tem componentes orgânicas voláteis que se vão libertando com a sua degradação e que são cancerígenas".
A notícia é avançada hoje pelo jornal Público. Segundo a coordenadora da Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza, Carmen Lima, este material está a ser utilizado para substituir as coberturas com amianto, cuja utilização é proibida em Portugal desde 2005.
A utilização de amianto foi proibida, precisamente, porque a exposição a este componente pode causar cancro.
Por outro lado, segundo o jornal, as operações de retirada de amianto podem ser particularmente perigosas para os trabalhadores envolvidos nas obras e para as pessoas que estão presentes no local devido ao perigo de libertação de fibras potencialmente cancerígenas.
Por isso, a Quercus defende que essa operação deve ser feita com o menor número de pessoas possível e devidamente protegidas para o efeito.
O jornal escreve que na semana passada a Quercus recebeu uma denúncia que dava conta da retirada das placas de amianto enquanto os alunos tinham aulas numa escola da Guarda.
O SAPO Lifetsyle contactou a Quercus, nomeadamente Carmen Lima, para obter mais esclarecimentos sobre que tipo de componentes cancerígenas constituem o poliuretano, mas ainda não obteve resposta.
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