Portugal mantém uma elevada percentagem de diagnósticos tardios de infeção por VIH, com cerca de metade dos casos detetados no ano passado a mostrarem uma “apresentação tardia aos cuidados clínicos”.

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A conclusão consta do relatório anual do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, que refere que a percentagem de diagnósticos tardios se mantém “superior à observada na União Europeia”, em especial nos casos entre heterossexuais.

O documento, a que a agência Lusa teve acesso e que é hoje divulgado, salienta que 51,5% dos novos casos de infeção diagnosticados no ano passados tiveram um diagnóstico tardio e que em mais de 30% dos casos a doença já se encontrava avançada.

A proporção é ainda maior quando se analisam os casos em transmissão heterossexual e há diferenças entre homens e mulheres: “Para os casos de transmissão heterossexual a proporção de diagnósticos tardios em homens (65,7%) é significativamente superior à observada para as mulheres (48,4%) e, tal como nos anos mais recentes, os casos em homens que têm sexo com homens são os que apresentam menor proporção de diagnósticos tardios, situação idêntica à reportada noutros países europeus”.

Nos casos de transmissão heterossexual em homens a proporção de diagnósticos tardios atingiu 67,8% nos casos com idades a partir dos 50 anos.