De acordo com os dados do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), compilados no âmbito do sistema de vigilância EVITA, focado nos Acidentes Domésticos e de Lazer (ADL) com recurso ao serviço de urgência, 112.988 portugueses sofreram uma queda em ambiente doméstico e de lazer de que resultou a necessidade de ida às urgências.
As mulheres (74%) foram mais afetadas do que os homens (62%), segundo os mesmos dados.
A distribuição dos diferentes mecanismos de lesão variou com a idade e os grupos etários extremos — 65 e mais anos (88%) e 0-4 anos (72%) – foram os mais afetados.
Os acidentes domésticos que ocorreram na sequência de “contacto com pessoa/animal/objeto” representaram 19% nas crianças e jovens dos cinco aos 14 anos e 20% no grupo dos 15 aos 24 anos.
Segundo o INSA, a proporção mais elevada de acidentes reportados como “corte, compressão e perfuração” ocorreu nas pessoas com idades entre os 25 e os 44 anos, representando 16% da totalidade dos acidentes registados neste grupo.
Das quedas que obrigaram a recorrer aos serviços de urgência, quase metade ocorreram em casa, menos de 20% na escola e pouco mais de 10% ao ar livre.
No passado mês de abril, o INSA revelou que as idas às urgências do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na sequência de acidentes domésticos e de lazer tinham caído para perto de metade em março, passando de 40.000 para cerca de 20.000.
O sistema EVITA – Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes, coordenado pelo INÇA, recolhe e analisa os dados sobre acidentes domésticos e de lazer que implicaram recurso às urgências de unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
São considerados acidentes domésticos e de lazer todos cuja causa não seja doença, acidente de viação, acidente de trabalho ou violência.
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