
14 de fevereiro de 2014 - 13h22
Os trabalhadores da Saúde 24 denunciaram hoje que a recém-criada Linha da Gripe encerra em março e que os 63 enfermeiros contratados para este serviço, com quatro dias de formação, ficarão a substituir os 150 que foram despedidos.
“A Linha da Gripe é tão sazonal como a doença, segundo a empresa Linha Cuidados de Saúde [LCS], que planeia encerrar o serviço menos de um mês depois de tê-lo aberto”, diz em comunicado a comissão informal de trabalhadores da Linha Saúde 24.
Os mesmos enfermeiros garantem que os trabalhadores contratados para o efeito tiveram apenas quatro dias de formação, mas que ainda assim serão usados para substituir os 150 despedidos pela administração.
Segundo os trabalhadores, o serviço da Linha da Gripe ficou disponível para os utentes no dia 27 de janeiro às 08:00, tendo sido justificado pela administração com o avultado número de chamadas relativas ao pico da gripe, mas menos de um mês depois a LCS decide encerrá-la.
A abertura desta linha justificou a contratação de 63 enfermeiros, que tiveram uma formação de “apenas quatro dias, o que se coaduna com um atendimento próprio de um serviço de apoio exclusivo para gripe”, como admitiu o próprio administrados da LCS, afirmam os trabalhadores, que estranham por isso que menos de um mês depois estes enfermeiros estejam já a ter formação para substituir os que foram despedidos, mantendo-se apenas “meia dúzia” no serviço da gripe.
Os trabalhadores lembram que os 150 enfermeiros despedidos tiveram várias semanas de formação, pelo que consideram “um logro” a criação da Linha da Gripe, com o único objetivo de “substituir os enfermeiros por mão-de-obra mais barata”.
Lusa
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