
Em declarações aos jornalistas após acompanhar o Presidente da República numa visita ao hospital onde ainda estão internados sete doentes que estiveram em contacto com a 'legionella', Adalberto Campos Fernandes afirmou que o surto entrará agora na fase descendente, tendo atingido o número máximo de casos - quinze.
A partir de março estará em curso um plano, a que todos os hospitais que quiserem podem aderir, com vista a ajudá-los a fazer melhor o que já fazem em "prevenção e deteção precoce" de riscos de contágio com a 'legionella'.
Adalberto Campos Fernandes referiu que o risco nunca será zero, mas é para aí que tem que se dirigir e o plano servirá para "apertar a malha um pouco" e garantir que as instituições de saúde, que já têm os seus próprios mecanismos de controlo, estão "motivadas e orientadas" para as aplicar.
Apesar de ser privado, o CUF Descobertas já manifestou a vontade de aderir a este plano, acrescentou o ministro, referindo que a 'legionella' pode atacar em qualquer lugar, independentemente "do direito das instituições". "O dispositivo de saúde pública funciona", garantiu, afirmando que pode fazer-se mais, como o Governo defende na proposta de lei para "retomar os mecanismos de prevenção suprimidos em 2014".
Precipitado avançar com conclusões, diz ministro
Quanto à explicação para o surto do CUF Descobertas, considerou que seria precipitado avançar com conclusões antes de terminado o trabalho da Inspeção Geral das Atividades da Saúde e da Entidade Reguladora da Saúde na reconstituição do contágio.
Nesta visita ao hospital, seguia também Presidente da República que defendeu que é preciso repensar todos os setores da saúde, não só debatendo o que cabe a cada um mas vendo se há capacidade para responder a todas as necessidades.
Portugal registou no ano passado 233 casos de infeção por legionela, sendo 174 casos isolados e 59 do surto do hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, que provocou cinco mortos.
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