O médico, de 36 anos, casado e de nacionalidade cubana, cometeu os alegados crimes em 2016 no serviço de urgências da maior unidade de saúde dos Açores, na ilha de São Miguel.

Durante esta manhã, o tribunal agendou a audição de 13 testemunhas, incluindo as alegadas vítimas, numa sessão que se prolongará pela tarde.

De acordo com a acusação, "o arguido tirou partido da circunstância de ser médico e de se encontrar no exercício das suas funções em estabelecimento hospitalar" e "agiu com o propósito concretizado de satisfazer os seus instintos libidinosos, bem sabendo que as ofendidas eram suas pacientes" no hospital "e que ali tinham ido para serem observadas" no serviço de urgência.

O Ministério Público refere que "o arguido quis e conseguiu através dos atos médicos colocar as ofendidas na impossibilidade de reagirem, obrigando-as a manterem comportamento de natureza sexual".

Para o Ministério Público, o médico "sabia que aquelas não desejavam” a realização daqueles atos, mas "não se coibiu de levar por diante a satisfação dos seus intentos".

O médico está proibido de se ausentar da ilha de São Miguel e suspenso do exercício da profissão.