“Considerando este alargamento do financiamento, estima-se um aumento de cerca de 140 para aproximadamente 215 doentes elegíveis para esta terapêutica no SNS, o que representa uma subida próxima dos 50%. Graças a este maior acesso à inovação terapêutica, estas pessoas poderão beneficiar de mais anos e melhor qualidade de vida”, lê-se no comunicado do Infarmed — Autoridade Nacional do Medicamento, hoje divulgado.
Em dezembro, doentes com fibrose quística reiteraram um apelo ao Infarmed para uma maior celeridade no acesso a um tratamento aprovado pela Agência Europeia do Medicamento e pela Comissão Europeia, o Kaftrio, afirmando ter demonstrado “resultados extraordinários”.
A fibrose quística “é uma doença genética rara, que, segundo o relatório de avaliação do Infarmed, afeta aproximadamente 350 pessoas em Portugal”.
“Provoca, frequentemente, deterioração da função pulmonar, infeções broncopulmonares e desnutrição, que eventualmente levam à morte do doente”, lê-se no comunicado.
“A inovação na área do medicamento é uma área essencial dentro do SNS. Em 2021, o Infarmed concluiu 72 processos relativos à introdução de medicamentos inovadores, com um crescimento de 14% face a 2020. A decisão de alargamento do financiamento deste medicamento resulta de um processo de avaliação que visou assegurar que, por um lado, o medicamento é uma mais-valia para todos estes doentes e, por outro, que se mantém assegurada a sustentabilidade do SNS”, conclui ainda o documento.
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