Imagine a sensação de não conseguir controlar os seus movimentos. O seu cérebro continua a dizer-lhe o que fazer, mas as suas pernas, os seus braços ou as suas mãos não lhe obedecem em situações tão simples como abotoar uma camisa ou os atacadores dos sapatos, ou mesmo pegar numa escova de dentes. Esta é a sensação que as pessoas que vivem com Parkinson têm que enfrentar todos os dias. Um verdadeiro desafio para os mais de dez milhões de pessoas que vivem com Parkinson em todo o mundo.

Sendo uma doença neuro-degenerativa progressiva, o Parkinson é para os doentes muito mais do que uma doença do movimento, representando a perda da sua independência. Mas a doença não define os pacientes. A

A BIAL convidou um grupo de pessoas com Parkinson para protagonizar um vídeo onde mostram o seu melhor, focando-se no que são capazes e conseguem fazer. No vídeo, ao som de uma música alegre, cuja letra foi especialmente escrita para dar voz a esta campanha, este grupo de pessoas com Parkinson surge a realizar pequenas ações do dia-a-dia, como abotoar uma camisa ou apertar os atacadores, assim como a dançar ou dedilhar as cordas de uma guitarra.

"O Parkinson pode, efetivamente, mudar a vida das pessoas e das suas famílias, mas é muito importante que estas não percam a sua autoestima. Por esse motivo, quisemos contrariar o retrato negativo da doença e mostrar que apesar do Parkinson estas pessoas são capazes de se superar todos os dias. Esperamos assim conseguir inspirar e homenagear os milhões de pessoas que vivem com Parkinson. O nosso objetivo é fazer a diferença na vida destas pessoas, ainda que seja através de um pequeno passo de cada vez", explica António Portela, presidente da farmacêutica.

O que é a doença de Parkinson?

A doença de Parkinson é uma doença neuro-degenerativa, crónica e progressiva, caraterizada pela perda de neurónios na substância negra, a área do cérebro onde a dopamina é produzida. As manifestações clínicas surgem, frequentemente, depois dos 50 anos (a idade média de diagnóstico da patologia é, aproximadamente, aos 60 anos). A prevalência da doença está estimada em 300 por cada 100.000 habitantes.

A Associação Europeia da Doença de Parkinson (EPDA) estima que cerca de 1,2 milhões de pessoas sofram da patologia na União Europeia, das quais 22 mil são portuguesas.

Sintomas frequentes são otremor em repouso, rigidez muscular, bradicinésia, instabilidade postural, redução da expressão facial e do pestanejar e postura inclinada.

Os sinais de alerta da doença de Parkinson