Estes utentes prometem manifestar-se publicamente se não forem atendidos.

Maria Celeste Correia, que há sete anos é uma das utentes que tem beneficiado dos tratamentos de fisioterapia nas piscinas municipais de Alcanena, disse à Lusa que o projeto este ano não arrancou em setembro/outubro, como vinha sendo habitual desde que se iniciou há 13 anos, alegadamente por “divergências internas no ACES” Médio Tejo.

“Como sempre, pedimos as credenciais aos nossos médicos de família, mas não há maneira de termos resposta”, disse, adiantando que foi entregue esta semana um abaixo-assinado subscrito por parte da meia centena de utentes do projeto, “porque não é fácil encontrar todos”, uma vez que as sessões não se realizam.

Contactada pela Lusa, a coordenação do ACES Médio Tejo respondeu não estar, de momento, em “condições para responder ao solicitado”, remetendo para a próxima semana uma resposta à questão sobre se o projeto foi encerrado e, se sim, quais as razões que o determinaram.

Celeste Correia afirmou que a falta dos tratamentos de hidroterapia, que frequenta devido a lesões na coluna, nos ombros e nos joelhos, lhe está a provocar “muitas limitações”.

Segundo disse, a fisioterapeuta que iniciou o projeto “Mexer na Água”, que tem funcionado ao abrigo de um protocolo celebrado entre a Câmara Municipal de Alcanena, proprietária das piscinas municipais, e o ACES Médio Tejo, criou dois grupos para tratamentos diferenciados por graus de gravidade, pagando os utentes uma taxa moderadora por cada sessão que frequentam (duas por semana).

“Dá a entender que é uma embirração e está a prejudicar a todos nós. Faz-nos tanta falta”, afirmou, sublinhando a vontade de, se não houver resposta positiva ao abaixo-assinado, marcharem até Lisboa para que alguém oiça a sua voz.