O projeto visa “melhorar a articulação entre o ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) e o hospital no sentido de identificar um familiar cuidador” ao qual é dada formação sobre os cuidados adequados ao doente após a alta hospitalar”, explicou a enfermeira especialista Edite Ferreira.

Desenvolvido desde agosto de 2015 na área da cirurgia ortopédica programada, o projeto tem por base uma consulta ativa em que os profissionais de saúde identificam as necessidades de formação do familiar para prestar apoio à pessoa intervencionada, dando-lhe indicações práticas sobre como “vestir e despir, transferências, marcha e utilização de dispositivos auxiliares, utilização do sanitário, entre outras”, explicou a mesma responsável.

Além deste projeto foram distinguidos com menções honrosas o projeto ARPAT – Aplicação de Registo de Pedidos de Altas e Transferências, desenvolvido pelo Centro Hospitalar Lisboa Central e o projeto Healthcare Insinght – Gestão por Objetivos, desenvolvido pelo Hospital Distrital da Figueira da Foz.

No primeiro caso trata-se de uma ferramenta informática implementada em janeiro de 2014 para gerir os pedidos de transferências, altas, óbitos e emissão de etiquetas, entre as Unidades de Internamento e a Urgência Geral Polivalente. O projeto foi depois alargado às admissões urgentes e programadas, ao pré-registo da cirurgia e à gestão de camas.

Projeto que envolve profissionais nos objetivos distinguido

Já a segunda menção honrosa atribuída ao Hospital da Figueira da Foz distinguiu um projeto-piloto em que através da gestão por objetivos aquela unidade revelo “impactos positivos ao nível da produtividade, eficiência, efetividade e qualidade dos cuidados prestados”, através de processos de contratualização interna envolvendo os profissionais nos objetivos definidos pela gestão.

Os três vencedores foram distinguidos de entre 10 projetos finalistas escolhidos entre 15 de hospitais que concorreram à terceira edição do prémio promovido pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) em parceria com a biofarmacêutica AbbVie.

O prémio monetário de cinco mil euros para o primeiro classificado e a distinção para as duas menções honrosas pretende “incentivar a reconhecer projetos de qualidade e orientados para a melhoria do serviço aos utentes”, sublinhou o presidente da APAH, Alexandre Lourenço, durante a apresentação dos dez trabalhos finalistas, realizada em Óbidos.

Entre os finalistas estiveram projetos do Centro Hospitalar Barreiro Montijo, do Centro Hospitalar Lisboa Central, do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, do Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, do Hospital Distrital da Figueira da Foz, do Hospital Garcia de Orta, do Hospital Senhora da Oliveira de Guimarães e do Hospital de Vila Franca de Xira, o único com dois projetos selecionados.