"O CHBV tem vindo a aumentar, e de forma significativa, a capacidade de resposta aos utentes que necessitam de consulta de especialidade. Efetivamente, constata-se uma redução do tempo médio de espera em 80% das especialidades", afirmou o conselho de administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV, em comunicado.
O centro hospitalar, que integra os hospitais de Aveiro, Águeda e Estarreja, reagiu assim às declarações da comissão de utentes de Saúde de Aveiro, que alertou para a existência de múltiplas carências, como a perda de algumas especialidades na unidade de Aveiro ou o aumento das listas de espera para consultas.
Segundo o CHBV, o aumento da capacidade de resposta nos diferentes serviços foi conseguido com a contratação de oito médicos especialistas e a melhoria dos Cuidados Primários.
Quanto à Urgência, o CHBV diz que nos últimos seis meses registaram-se quase 76 mil episódios de urgência, tendo sido cumprido o tempo médio de espera entre a triagem e a consulta médica, segundo o que está protocolado pelo sistema de triagem de Manchester.
"Perante estes dados que retratam a realidade dentro de uma amostra significativa, poderão existir casos particulares, mas que são exceções, eventualmente motivadas por elevados afluxos de doentes ao serviço de Urgência em períodos de tempo curtos, que naturalmente são situações imprevisíveis", diz o conselho de administração do CHBV.
Obras na Urgência em Aveiro
Na mesma nota, é ainda referido que neste momento, estão a decorrer obras no serviço de Urgência com vista à criação de uma sala de triagem para a Via Verde Coronária e de Trauma.
No que diz respeito à Maternidade, o CHBV adiantou que vai iniciar em novembro as consultas de Ginecologia nas unidades de Estarreja e Águeda e também a atividade de cirurgia de ambulatório desta especialidade.
Esta semana, a comissão de utentes de Saúde de Aveiro realizou uma reunião pública com vista a elaborar uma "Carta de Intenções" para a Saúde.
Demora excessiva nas urgências hospitalares, aumento de listas de espera para consultas, falta de especialidades, médicos de família em número insuficiente e dificuldades no transporte de doentes são os traços do retrato à Saúde em Aveiro, feito pela comissão de utentes.
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