
"Quer no hospital de Faro, quer no de Portimão, a adesão é superior aos 90%, nalguns casos muito próxima dos 100%, à semelhança do que acontece por todo o país", disse à Lusa José Abraão, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP).
De acordo com José Abraão, a greve dos técnicos de diagnóstico e terapêutica está a afetar serviços como a radiologia, colheitas de sangue e análises clínicas nos hospitais de Faro, Portimão e de Lagos, unidades de saúde que compõem o Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA). "Os serviços não encerraram por completo, porque estão assegurados os serviços mínimos", frisou.
Vigília em frente à residência oficial do primeiro-ministro
Além de um dia de greve, os técnicos de diagnóstico e terapêutica realizam também hoje uma vigília em frente à residência oficial do primeiro-ministro, onde vão entregar um manifesto com milhares de assinaturas que apela à reabertura do processo negocial.
Os sindicatos solicitaram, no dia 05 de junho, “uma negociação suplementar” face àquilo que é a lei e o enquadramento legal relativos à transição dos trabalhadores da atual carreira para a nova tabela e a contagem do tempo de anos de serviço na atual carreira, “mas até ao momento não houve nenhuma resposta por parte dos ministérios da Saúde e das Finanças”.
Os sindicatos pediram ainda a intervenção do primeiro-ministro, António Costa, que remeteu a questão para os dois ministérios.
Perante este impasse, os técnicos de diagnóstico e terapêutica decidiram voltar hoje à greve, que se repete no 13 de julho. A partir de 01 de julho irão realizar uma greve às horas extraordinárias por tempo indeterminado.
Para as 16:30, está marcada uma concentração junto à Assembleia da República, seguindo em marcha até ao Terreiro do Paço, residência oficial do primeiro-ministro, onde os profissionais vão ficar em vigília e entregar um manifesto ao primeiro-ministro.
No documento, os técnicos de diagnóstico e terapêutica explicam que o manifesto representa “uma tomada de posição” junto do primeiro-ministro e visa que “o assunto seja discutido no seio do Governo no sentido de não se dar por encerrado” o processo negocial “de forma unilateral”.
Expõem ainda as suas reivindicações, entre as quais um ajuste da tabela salarial, a transição para novas carreiras e o descongelamento de escalões.
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