De acordo com a coordenadora do PNV, Graça Freitas, a introdução desta medida de proteção levou em conta que há um número residual de casos de tosse convulsa, bem como pequenos surtos que podem ocorrer com intervalos de dois ou três anos.

A vacina disponível é segura e os peritos decidiram fazê-la chegar à criança através da mãe, quando ainda decorre a gravidez. O objetivo é o bebé estar protegido até atingir os dois meses de idade, altura em que já pode ser vacinado contra a tosse convulsa.

“Através da placenta há uma passagem de anticorpos da mãe para o filho, a chamada imunidade passiva, e que desaparece quando eles começam a ser vacinados”, ou seja, aos dois meses de idade.

O objetivo é “a mãe dar imunidade aos filhos”, adiantou Graça Freitas à Lusa.

A especialista garantiu que, dada a segurança da vacina, “não há riscos para a mãe e tem uma vantagem para os filhos”.

A vacinação da grávida deverá ocorrer por volta da 20.ª semana de gestação e, até janeiro de 2017, altura em que a medida constará do PNV, terá de ser suportada financeiramente pela mulher.

Sobre a tradicional relutância da vacinação na gravidez, Graça Freitas reconheceu que “há em todos os países um problema de adesão”.

“O obstetra e a mãe vão ter de ponderar a proteção do seu filho”, concluiu.