António Costa falava após ter inaugurado uma unidade de cuidados continuados integrados de saúde mental numa residência do Restelo, em Lisboa, numa cerimónia em que também discursaram os ministros da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e da Solidariedade Social, Vieira da Silva.

Tendo a escutá-lo os diretores gerais de Saúde, Francisco George, e do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependência, João Goulão, o primeiro-ministro defendeu o modelo de cuidados continuados integrados, particularmente em termos de trabalho em rede e de parceria entre os ministérios da Saúde e da Solidariedade Social como fator de "gestão mais eficiente" ao nível do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Neste ponto, porém, António Costa citou uma frase atribuída a Jorge Sampaio, segundo a qual "há mais vida para além do défice", para sustentar que o mais importante é a qualidade do tratamento e, no caso da saúde mental, da integração e da progressiva autonomia dos doentes.

"Mais importante do que a eficiência na alocação de recursos é que esta forma de abordagem de enquadramento das pessoas que continuadamente sofrem de saúde mental permite melhores resultados no tratamento, na reinserção e autonomização dos doentes. Por isso, nos próximos 12 meses, o objetivo do Governo é criar 300 novas camas para cuidados continuados integrados na área da saúde mental", disse.

Antes, o ministro da Saúde tinha elogiado as vantagens do "casamento" entre os ministérios da Saúde e da Solidariedade Social ao nível dos cuidados continuados integrados.

No fim da cerimónia, António Costa dirigiu-se a Vieira da Silva e Adalberto Campos Fernandes e, numa nota de humor, disse-lhes: "Felicidades no vosso casamento".