27 de março de 2014 - 18h22
Os hospitais de Águeda e de Estarreja são para manter, com uma carteira de serviços complementar entre as unidades do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, garantiu hoje o secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira.
O secretário de Estado respondia a uma pergunta da deputada do PSD Maria Paula Cardoso, durante a audição do ministro na Assembleia da República.
Manuel Ferreira Teixeira garantiu que os hospitais de Águeda e de Estarreja não são para encerrar, afirmando que o plano estratégico para o Centro Hospitalar do Baixo Vouga, que compreende também o Hospital de Aveiro, "está a ser ultimado" e não ficará concluído sem prévia consulta aos municípios e entidades interessadas.
Paula Cardoso disse ser "necessário pôr termo à angústia e à desconfiança das populações envolvidas" sobre que serviços haverá em cada um dos hospitais e como se vão articular.
"Tem-se, insistentemente, procurado saber qual é o plano estratégico para estas três unidades hospitalares e qual o desenho final, mas tem havido uma espécie de tabu, apesar das perguntas insistentes à Administração Regional de Saúde e ao Conselho de Administração" do Centro Hospitalar.
Segundo observou Paula Cardoso, a fusão dos hospitais de Águeda, Estarreja e Aveiro num único centro hospitalar "foi anunciada em abril de 2011 e mais tarde feita a nomeação do Conselho de Administração, mas a população as forças vivas dos três municípios envolvidos nunca foram informados sobre qual seria o plano a implementar".
A deputada social-democrata, que aludiu às notícias de "longas esperas nas urgências em Aveiro", relatou que "foi-se verificando alguma centralidade no Hospital de Aveiro e assumidas medidas que levavam ao encerramento de vários serviços, em Águeda e em Estarreja, sem se verificarem grandes ganhos em eficiência ou qualidade".
O Centro Hospitalar do Baixo Vouga foi criado com o objetivo de "obter maior segurança e qualidade dos cuidados prestados e uma racionalização dos recursos, mediante a complementaridade, potenciando as boas práticas que já existentes nas diversas unidades hospitalares" que o integram.
Lusa