A clínica de fertilidade do hospital Isala de Zwolle (norte da Holanda), onde o ginecologista Jan Wildschut trabalhou entre 1981 e 1993, descreveu este ato como "moralmente inaceitável" e não descarta que Wildschut, pai de família, seja o progenitor de mais crianças.

Segundo o jornal local "De Stentor", o assunto veio à tona por acaso, quando um dos filhos recebeu por correio uma amostra de ADN da sobrinha de Wildschut, através de um banco de dados comercial.

Após tomar conhecimento dos factos no final de 2019, o hospital, juntamente com a família de Wildschut e os filhos envolvidos, decidiram divulgar a notícia para promover uma "maior transparência" sobre doações de esperma.

A Inspeção Holandesa de Saúde (IGJ, siglas em holandês) informou que não abrirá uma investigação sobre este assunto, porque os eventos ocorreram numa época em que não existia qualquer lei, ou regulamentação, sobre os tratamentos de fertilidade.

No ano passado, uma série de testes de ADN na Holanda demonstrou que o ex-diretor de um banco de esperma era pai biológico de 49 pessoas, um escândalo que chocou o país.