Senadores e deputados votaram quase por unanimidade um projeto-lei que autoriza o uso da "sedação profunda e contínua" até a morte para os doentes terminais que o solicitem.
Esta votação sela a aprovação definitiva de um documento parlamentar que reivindicava esse "passo histórico", comentou a ministra da Saúde, Marisol Touraine.
Fruto do trabalho de dois deputados, o texto tinha sido aprovado por uma esmagadora maioria da Assembleia Nacional em março de 2015, antes de ser enviado para o Senado três meses depois.
Depois de vaivéns consecutivos entre as duas câmaras, uma versão consensual foi obtida e assinada a 19 de janeiro.
A nova lei é uma promessa da campanha do presidente socialista François Hollande.
Antes de entrar no Eliseu, em 2012, o chefe de Estado prometeu "assistência médica para morrer com dignidade".
De acordo com um estudo feito no ano passado, a sedação até a morte quando o paciente decide tem o aval de 96% dos franceses.
A eutanásia só é oficialmente legal na Europa em três países (Holanda, Bélgica e Luxemburgo), mas outros autorizam ou toleram formas semelhantes, especialmente a Suíça, que já legalizou o suicídio assistido.
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