"Não se pode brincar com uma chantagem assim apenas porque eles apressaram a vacinar o maior número possível de pessoas com a primeira dose e agora estão em desvantagem porque não têm a segunda", disse Jean-Yves Le Drian à rádio France Info.

"O Reino Unido gabou-se de ter vacinado bastante com a primeira dose, mas tem um problema com a segunda. Só se está vacinado quando se recebe as duas doses. Hoje, há o mesmo número de pessoas vacinadas com as duas doses em França e no Reino Unido", acrescentou.

De acordo com os últimos dados disponíveis, 5,3% da população adulta britânica e 5% da francesa receberam as duas doses.

Le Drian defendeu uma relação de cooperação com o Reino Unido para que a AstraZeneca cumpra os acordos que assinou com a UE e que cada lado fique satisfeito.

"Espero que encontremos um acordo. Seria inverosímil ter uma guerra de vacinas entre Reino Unido e Europa", completou.

Portugal ultrapassou hoje um milhão de vacinados com a primeira dose de uma das vacinas contra a COVID-19 e, em simultâneo, serão atingidas 500.000 segundas doses administradas, segundo fonte da 'task force' do plano de vacinação.

Em Portugal, a pandemia já provocou 16.814 mortes entre os 819.210 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 2.745.337 mortos no mundo, resultantes de mais de 124,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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