A ex-secretária de Estado da Igualdade Elza Pais afirmou ontem que o fim da comparticipação das pílulas contracetivas vendidas nas farmácias “é um incentivo à gravidez não desejada e ao aumento dos abortos”.
Em declarações à Agência Lusa, a deputada socialista apontou que se trata de uma medida “ideológica”, que representa “um retrocesso e um desrespeito pelas mulheres”, que compram, “na sua maioria”, a pílula na farmácia.
O presidente da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) esclareceu hoje que as pílulas contracetivas, que vão deixar de ser comparticipadas nas farmácias, vão continuar a estar disponíveis gratuitamente nos centros de saúde.
Para Jorge Torgal, trata-se do “reforço” do que já está disponível no Serviço Nacional de Saúde, uma vez que “a contraceção oral é gratuita nos centros de saúde”.
Realçando a vantagem para as contas públicas, o responsável referiu que, ao comprar em grandes quantidades para fornecer os centros de saúde, onde a distribuição das pílulas pode ser acompanhada de consultas de planeamento familiar, o Estado beneficia de “um preço menor”.
09 de setembro de 2011
Fonte: Lusa
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