
“Não vamos ser tremendistas, nem comentar tática negocial”, disse Adalberto Campos Fernandes aos jornalistas, à margem das XXI Jornadas de Infecciologia que decorrem em Lisboa.
O ministro falava a propósito da nova tabela de preços com que a ADSE pretende pagar os serviços prestados pelos prestadores convencionados, a qual os privados já consideraram “incomportável”.
Em entrevista à agência Lusa, o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), Óscar Gaspar, revelou que estas unidades de saúde estão a estudar uma forma de os beneficiários da ADSE continuarem a ter acesso aos serviços, nas mesmas condições, mas sem ser através do subsistema de saúde dos funcionários públicos.
À procura de soluções
Segundo Óscar Gaspar, “pode haver soluções que permitam, ainda que não no regime convencionado, que os mesmos beneficiários tenham acesso à rede”.
“Estamos a procurar soluções que permitem que os beneficiários da ADSE continuem a poder ter acesso, nas mesmas condições, aos nossos hospitais”, sublinhou.
Confrontado com esta ideia, o ministro disse não encontrar razões para comentar: “Francamente, parece-me que se trata de tática negocial. Só poderemos avaliar o que acontece no final de fevereiro e ver o que está em cima da mesa em termos de negociação”, disse.
“Alguns agentes, incompreensivelmente, procuram fazer a negociação pelos jornais. não é correto, não faz sentido, mas é um direito que lhes assiste”, adiantou.
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