Apesar da temática dos seus vídeos não ser polémica – a jovem fala sobretudo de moda e beleza, de jogos e pokémons – o problema daqueles que lhe apontam o dedo está mesmo na aparência da jovem. A magreza extrema não deixa esconder os 27 quilos de Eugenia Cooney.

A grande preocupação daqueles que querem banir o seu canal do Youtube, através da criação de uma petição na plataforma Change.og, há cerca de três semanas, deve-se sobretudo ao público-alvo de Eugenia: jovens entre os 12 e os 21 anos que podem ser influenciadas pela sua aparência física.

“Grande parte da sua audiência é composta por jovens adolescentes e algumas delas já tiveram que lutar contra a anorexia e outros distúrbios alimentares, e a Eugenia está a dar um mau exemplo aos seus seguidores, fãs e amigos”, defende o texto da petição.

A própria jovem já chegou a reagir sobre a polémica relacionado com o seu peso num vídeo. "Peço desculpa a toda a gente que está zangada comigo. Não estou a tentar fazer nada de errado. Nunca tentei influenciar ninguém, nem encorajar pessoas a serem como eu", afirmou.

No entanto, a mãe da jovem já veio a público argumentar que, desde que Eugenia saiu de sua casa, está cada vez mais magra e que se recusa a comer.

A petição vai ainda mais longe ao alertar que, de acordo com dados oficiais nos Estados Unidos, a cada 62 minutos morre uma pessoa vítima de distúrbios alimentares.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental “as perturbações do comportamento alimentar são doenças que provocam distúrbios sérios na forma como as pessoas se alimentam e nos pensamentos e emoções relacionados com a alimentação” e que “geralmente, as pessoas que sofrem destas perturbações são extremamente críticas em relação ao seu corpo, revelando um medo intenso de ganhar peso”.

Eugenia Cooney criou a conta no Youtube em junho de 2011. Tem neste momento mais de 800 mil subscritores e mais de 82 milhões de visualizações nos seus vídeos.

“Esta petição não é para a desanimar, insultar ou diminuir. Isto é para ela procurar ajuda e para a sua audiência juvenil não se expor às mesmas condições”, concluem os autores da petição.