Há uma infeção confirmada nos Estados Unidos, em Massachusetts, e outros quatro casos de pessoas infetadas com o orthopoxvírus - da mesma família da varíola do macaco - afirmaram os funcionários. Um dos casos de orthopoxvírus foi registado em Nova Iorque, outro na Flórida e os dois restantes em Utah. Todos em homens.

O sequenciamento genético do caso em Massachusetts coincide com o de um paciente em Portugal e pertence a uma estirpe do oeste da África, a menos agressiva das duas estirpes do vírus Monkeypox existentes.

"No momento, esperamos maximizar a distribuição de vacinas para aqueles que sabemos que podem se beneficiar das mesmas", disse a vice-diretora da divisão de agente patogénicos e patologias de consequências graves, Jennifer McQuiston. Essas seriam "pessoas que tiveram contato com um paciente com vírus Monkeypox, profissionais de saúde, seus contactos mais próximos e, em particular, aqueles que podem correr alto risco de doença grave".

Em termos de oferta, os Estados Unidos possuem cerca de mil doses do composto JYNNEOS, vacina aprovada pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos para a varíola comum e o vírus Monkeypox, "e espera-se aumentar esse nível rapidamente nas próximas semanas, à medida que a empresa nos fornecer mais doses", indicou Jennifer. O país também conta com cerca de 100 milhões de doses de vacina de uma geração anterior, chamada ACAM2000, sendo a JYNNEOS a opção mais segura, segundo a funcionária.

As pessoas imunossuprimidas ou que apresentam condições cutâneas particulares, incluindo eczema, são de alto risco, ressaltou o epidemiologista John Brooks.

O CDC também desenvolve um guia de tratamento para permitir a implantação dos antivirais tecovirimat e brincidofovir, ambos com licença para o tratamento da varíola.