“Este estudo apresenta uma posição conjunta inédita entre o CHTV, o IPO de Coimbra, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e a Administração Regional de Saúde do Centro, sustentando a viabilidade técnica, económica e financeira de um centro oncológico em Viseu”, refere Ermida Rebelo num comunicado divulgado ao final da tarde de domingo de Páscoa, que foi o seu último dia como presidente do conselho de administração do centro hospitalar.

O CHTV é, desde hoje, presidido pelo médico Cílio Correia.

No comunicado, Ermida Rebelo refere que o estudo, que estava previsto no despacho n.º 1990-A/2017, foi submetido ao secretário de Estado da Saúde ao final da tarde de quinta-feira.

A parceria entre o CHTV e o IPO de Coimbra abrangeria “o planeamento e instalação da unidade, a formação de recursos humanos altamente diferenciados, a aquisição conjunta de aceleradores lineares para ambos os hospitais, a partilha de sistemas de informação em rede, a uniformização de práticas clínicas e complementaridade e apoio nos tratamentos”, explica.

Desta forma, seria possível “tirar partido da capacidade instalada e favorecer sinergias que potenciam retornos favoráveis, a bem dos doentes de toda a região centro”, acrescenta.

Segundo Ermida Rebelo, a solução proposta ao Governo sustenta-se “no atual modelo de financiamento da radioterapia nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde e permitirá criar um novo edifício no campus do CHTV”.

Esse novo edifício albergaria, “além da radioterapia, também os tratamentos oncológicos por quimioterapia, deixando já preparada a infraestrutura para um futuro serviço de medicina nuclear”, avança.

A 29 de novembro, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, disse aos jornalistas que o serviço de radioterapia deverá ser criado no prazo de "dois/três anos" no hospital de S. Teotónio, em Viseu.

Nesse dia, Manuel Delgado garantiu que, "do ponto de vista político", a decisão de instalar o serviço de radioterapia na cidade estava tomada, mas faltava "ver qual é o melhor modelo".